Quem nasceu e cresceu na cidade de São Paulo, aprendeu a amar suas maravilhas, seus monumentos, seu trânsito e até o estresse que seu ritmo intenso causa. Morar no interior do estado é a opção por uma vida mais tranqüila, mas certamente menos intensa.
Aos finais de semana, andar pelas marginais atravessando aquela gigante de luz e parar no frenesi dos bares, restaurantes, cinemas e teatros, faz o paulistano se lembrar que está em casa e matar a saudade. Os faróis estão cada vez mais lotados de crianças e os viadutos atualmente se transformaram em casas para várias famílias, o desnível social é grande, mas a cidade continua linda, com as fontes do Ibirapuera dançando coloridas. O Parque Vila Lobos onde as bicicletas aproximam as famílias, é um oásis de paz e beleza as margens da Marginal Pinheiros. E o que falar dos Shoppings que reúnem lojas de todos os tipos para todos os gostos e bolsos? Fantástica fábrica de prazeres, de onde ninguém sai sem alguma sacola nas mãos.
Em São Paulo ninguém sabe seu sobrenome, e por muitas vezes ao subir diariamente de elevador por dez, quinze andares, encontramos as mesmas pessoas que também não perguntam seu nome. Mas nesses pequenos momentos sobretudo, sente-se o respeito pelo trabalho, esforço e dedicação que todo paulistano tem.
Metrópole superlativa em tudo, hoje a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e recebe todos os dias paulistanos, brasileiros e estrangeiros para trabalhar ou conhecer sua história e monumentos, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos. Quem te conhece não te esquece. Quem nasceu e cresceu nos seus braços sente saudade de tua alegria, dinamismo, imparcialidade e cultura viva, lancinante. No Mosteiro de São Bento sentada, ouvindo cantos gregorianos na hora do almoço, me pergunto em que lugar do mundo vi tanta beleza.